sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Triste.

É triste amar tanto e tanto amor não ter proveito. Tanto amor querendo fazer alguém feliz.Tanto amor querendo escrever uma história, mas só escrevendo este texto amargurado.É triste saber que falta alguma coisa e saber que não dá pra comprar, substituir, esquecer,implorar. É triste lembrar como eu ria com ele.

domingo, 22 de agosto de 2010

Olha, eu estou te escrevendo só pra dizer que se você tivesse telefonado hoje eu ia dizer tanta, mas tanta coisa. Talvez mesmo conseguisse dizer tudo aquilo que escondo desde o começo, um pouco por timidez, por vergonha, por falta de oportunidade, mas principalmente porque todos me dizem que sou demais precipitado, que coloco em palavras todo o meu processo mental (processo mental: é exatamente assim que eles dizem, e eu acho engraçado) e que isso assusta as pessoas, e que é preciso disfarçar, jogar, esconder, mentir. Eu não achei que ia conseguir dizer, quero dizer, dizer tudo aquilo que escondo desde a primeira vez que vi você, não me lembro quando, não me lembro onde. Hoje havia calma, entende? Eu acho que as coisas que ficam fora da gente, essas coisas como o tempo e o lugar, essas coisas influem muito no que a gente vai dizer, entende? Pois por fora, hoje, havia chuva e um pouco de frio: essa chuva e esse frio parecem que empurram a gente mais pra dentro da gente mesmo, então as pessoas ficam mais lentas, mais verdadeiras, mais bonitas. Hoje eu estava assim: mais lento, mais verdadeiro, mais bonito até. Hoje eu diria qualquer coisa se você telefonasse. Por dentro também eu estava preparado para dizer, um pouco porque eu não agüento mais ficar esperando toda hora você telefonar ou aparecer, e quando você telefona ou aparece com aquelas maçãs eu preciso me cuidar para não assustar você e quando você me pergunta como estou, mordo devagar uma das maçãs que você me traz e cuido meus olhos para não me traírem e não te assustarem e não ficarem querendo entrar demais dentro dos teus olhos, então eu cuido devagar tudo o que digo e todo movimento, porque eu quero que você venha outras vezes. (...) A cada dia viver me esmaga com mais força.

Desisti.

Não brigo mais com a vida, não quero entender nada. E eu seguia brigando. Querendo o mundo do meu jeito. Na minha hora. Querendo consertar a fome do mundo e o restaurante brega. Agora, não quero mais nada. De verdade. Quero não sentir mais porra nenhuma. O mundo me viu descabelar, agora vai me ver dormir e cagar pra ele. Eu quis tanto ser feliz. Tanto. Chegava a ser arrogante. Tanta coisa dentro do peito. Tanta vida. Tanta coisa que só afugenta a tudo e a todos. Atropelei o mundo e eu mesmo. Ninguém dá conta do saco sem fundo de quem devora o mundo e ainda assim não basta. Eu simplesmente me recuso a repassar a história, seja ela qual for, pela milésima vez. Deixa a vida ser como é.

Meu momento, total. Só isso.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Aniversário da sua ausência.

Você nunca ligou, nunquinha. E eu esperei, esperei, esperei tanto tempo, nossa,
como eu esperei. Acho que eu nunca esperei tanto nada em toda a minha vida. (...)
Quem iria me levar para longe se você não me queria mais por perto? Não teve como. Foi a primeira vez na vida que não consegui me enrolar e acabei deixando a dor vencer. Pela primeira vez a realidade falou mais alto que a fantasia. Pela primeira vez a realidade da sua ausência falou mais alto que a fantasia de anos a sua espera.
A nossa dor acabou sendo toda a dor que fazia fila em mim para ser sentida.

sábado, 7 de agosto de 2010

Você me tem fácil demais
E não parece capaz
De cuidar do que possui
Você sorriu e me propôs
Que eu te deixasse em paz
Me disse vai e eu não fui

Não faça assim
Não faça nada por mim
Não vá pensando que eu sou seu
Não faça assim
Não faça nada por mim
Não vá pensando que eu sou seu

Você me diz o que fazer
Mas não procura entender
Que eu faço só pra te agradar
Me diz até o que vestir
Com quem andar e aonde ir
E não me pede prá voltar

Não faça assim
Não faça nada por mim
Não vá pensando que eu sou seu
Não faça assim

Não faça nada por mim
Não vá pensando que eu sou seu

Nada por mim - Paula Toller

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Please, be there.

Eu só queria um namorinho simples, entende? Daqueles de que no final do filme, tudo fica bem. Quero que na sexta-feira à noite você me chame para ir jantar num restaurante qualquer e sem maiores danos. Que no sábado de manhã saíssemos para a praia, andássemos pelo calçadão e que no finalzinho do dia a gente se abraçasse e ficássemos rindo do nada. Que a noite fôssemos para uma festa, uma balada ou um show qualquer e que dançássemos até nossas pernas ficarem bambas. Que eu pagasse um mico, bebendo tanto ao ponto de ficar bêbado, e você com toda a paciência do mundo me levasse pra casa, me desse um banho gelado, me colocasse pra dormir, me mandasse calar a boca e dizer que vai ficar tudo bem e que o primeiro porre é sempre o pior.
Que no domingo eu acordasse meio-dia, zuando e rindo de você, perguntando pelo almoço na cama, mesmo eu estando morrendo de dor de cabeça e com uma enxaqueca que me deixava irritado, mas que você me amasse assim mesmo. Que a tarde alugássemos um filme besta qualquer e de noite assistíssemos ele comendo pipoca. Que no meio do filme, você deitasse no meu ombro me pedindo pra te fazer carinho, porque você estava se sentindo muito carente. Que lá pras dez e meia da noite eu fosse embora, porque era tarde e no dia seguinte você acordava cedo pra ir para a faculdade.
Que antes de você ir deitar eu ligasse pro seu celular, lhe desse uma boa noite e dissesse que já estou com saudades... Enfim, eu só quero um namoro simples. Não precisa me dar presentes toda festa ou todo aniversário meu não, até porque não sou interesseiro. Só quero que me ame. A única coisa que te peço mesmo, é que quando eu virar a chave e abrir a porta, please, be there.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

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O meu amor acaba por todos, a minha espera cansa por todos, a minha raiva ameniza por todos. Mas a minha fé por você cresce a cada dia.

É isso.