quarta-feira, 23 de junho de 2010

Escolhas.

Sexta-feira estava pensando numa pessoa que vira e mexe me balança um pouco. Ontem mesmo, à tarde, resolvi mandar uma mensagem, dizendo o quanto você é especial, o quanto eu gosto de você, o quanto eu tenho um carinho enorme por ti e o quanto isso e o quanto aquilo tudo. Eu quero te ver. E te dar um abraço tão longo, tão imenso, que mesmo que o mundo esteje explodindo lá fora, eu sei que vou estar seguro em ombros tão largos. Eu queria tanto ter você, sabe? De verdade. Nem que eu lhe tivesse no finalzinho da tarde, quando o sol está se escondendo e a tarde indo embora e dando lugar para a noite. É na noite que tudo acontece. É na noite, que tudo fica mais interessante.
Eu sou um livro cheio de sonhos. Eu tenho medo de ficar sem você.
Me perdoa por eu querer sentir você de uma forma tão imensa, que sem querer forço você a sentir algo. E se não forço, insinuo. Me desculpe pelas vezes que fui tão imaturo e bati o pé, quando você me disse algo que sei que era pro meu bem. Me perdoa? Eu sei que eu errei, mas poxa, me dá uma chance, vai? Posso te mostrar que sou muito melhor do que esses que você encontrou por aí. Você gosta de mim e eu sei. Aprendi tantas outras coisas com você e de formas tão diferentes. Eu me tornei um quase-grande-homem nesse tempo sem falar com você. E eu só tenho 17 anos. O mundo gira muito rápido, e depressa, e veloz e ligeiro em minha vida e eu preciso crescer mais um pouco antes de querer ser alguém pra você. Eu ainda preciso crescer e ter um emprego bom pra pagar o nosso apartamento que vai ser lá naquela cidade que você me disse, que só tinha gente boa. Mas isso vai acontecer daqui a não sei quantos anos. Quem sabe meses? Eu estou só e sozinho. E não estou aproveitando quase nada da vida porque só vivo pra estudar.
Me perdoe pelas mil e uma, ou duas vezes em que nós se falamos e meu peito se inflou quando as ondas sonoras da sua voz percorreram o meu corpo. Sempre que você vinha até mim, eu me arrepiava. Era tipo uma corrente elétrica passando pelo meu corpo, de leve. E quando você me deixava, os pêlos do meu braço e principalmente os da minha nuca se abaixavam. Com a calmaria que você deu pro meu corpo.
É muita hipérbole pra um texto só. É muito sonho pra se sonhar sozinho. E eu incrivelmente tenho essa capacidade, mas ela só funciona quando você olha pra mim ou, vez ou outra, quando penso em você. Me perdoe por estar pedindo perdão e desculpa por eu ser assim tão intenso com você. As vezes nem sou eu que sou intenso, você me faz assim. Enfim.
Quando ficam me dizendo para eu parar de tanto drama, eu lembro do dia em que fui na sua casa e você cantou uma música bem baixinha, que eu nem conheço direito no meu ouvido. E eu disse bem alto que Radiohead é a melhor banda do mundo, mas você me calou e disse que a melhor mesmo era Forfun. E com uma cara de não satisfeito, eu disse:
- "Gosto é de cada um, né?"
Eu sou muito debochado. Soltei um risinho irônico. Então, você me empurrou contra a parede, segurou o meu rosto e eu achei que o meu peito ia explodir. Eu fiquei vermelho, minha alma suou frio.
- "Ta com medo de mim? Porque eu gosto mesmo é de você, idiota!"
E eu fiquei rindo, porque achei que você ia afundar a mão no meu rosto. Se ouvir isso de uma pessoa tão reservada, não é motivo pra acordar no dia seguinte feliz, eu não sei mais o que gstar de alguém.

Provavelmente você vai ler esse texto e sei que vai passar tipo, mil e uma coisas na sua cabeça e tudo mais um pouco. Mas olha, fiquei a tarde toda escrevendo esse texto e pensando como você é aquilo tudo que eu te disse acima e o quanto sei que posso te fazer feliz.

Quando vai dando tipo assim, uma nove da noite, a hora em que você tem que me deixar pra ir pra faculdade e eu voltar aos meus e-mails. Quando chega essa hora eu já nem sei. Você vai embora pra direita e eu vou pela contra-mão. E de longe você olha pra trás, só pra ver se eu também estou olhando. E é recíproco. É como a Tati B. diz num dos milhares de textos dela: "E naquele momento eu pensei que poderíamos ser infinitos se fossemos música. E isso explica tudo!". Sei que uma hora ou outra vou ter que fazer a maior escolha da minha vida, talvez a mais difícil de todas. Eu vou ter que escolher entre ser um bom cidadão na sociedade ou entre ir pela contra-mão com um grande amor e ser, talvez, muito feliz.

Ao som de Paramore - Only exception.