terça-feira, 1 de setembro de 2009

Pela (não sei o número de vezes), morri na vida de uma pessoa.

Eu estava lá no pedestal com você. Digo isso com satisfação. Foi você quem me colocou lá em cima. Lá bem alto sabe? E eu adorava! Aonde eu via o gado como pontinhos pretos e que pareciam formigas, aquelas vaquinhas. Isso era pra vocês verem como eu estava alto! E isso me soava tão bem, tão bem. Que fiquei até despreucupado. Chegou um certo momento, e você me jogou lá de cima, sem dó. Sem pi-e-da-de. Sem me dizer o motivo. E foi embora fazendo o mesmo. Enquanto eu caía, as lágrimas caiam junto. Enquanto eu chorava, o peito de dilacerava. Quando eu caí de vez, a queda foi tão forte, tão forte, mas tão forte, que senti que meus ossos estavam todos quebrados e fora do lugar. A dor era imensa. Eu gritava escandalosamente de dor, sem se mecher, sem poder fazer nada. Sem ajuda, sem ninguém. Só precisa esperar, como disse a Rose: "(...) esperar para morrer, esperar para viver, esperar por uma absolvição que nunca viria." E eu chorei um rio de lágrimas. E mais uma vez, mais uma 14ª, ou uma 26ª vez eu morri na vida de uma pessoa. Surpresos? Eu não. Estou até me conformando. Irônico? Jamais. Apenas cansado.