quinta-feira, 1 de julho de 2010

Música para um homem que agora nem sabe que eu existo.

Quando eu ouço você cantar essa música, meu peito entra em desespero. Eu quase entro em colápso. Se fóssemos como música, eu nem saberia o que seria da gente. Você entende isso. Mas você se distânciou há tempos de mim. Por isso só ouço você cantando no canal do seu Youtube. Agora você canta num programa de televisão. Eu fiquei pra trás e você foi atrás do seu sonho. Parabéns, de verdade mesmo. Eu estou fazendo o mesmo. Só que com a diferença de que num dos meus sonhos, minha vontade é de ter você.
Se ao menos eu conseguisse abraçar você, arrancar um abraço desse seu corpo que parece mais uma sombra. Eu pareço um idiota. Eu sei que sou. Agora eu só vejo você por uma tela de vidro. E nem sei mais como você se sente. Se está amando alguém. E se estiver? E se for melhor do que eu? E se tiver mais amor e loucura e desejos do que eu? O que você vai fazer? Alias, o que EU vou fazer? Nada. Nada, nada, nada. Você agora é só um reflexo de uma vida que poderia ter sido. Mas não foi. Ou talvez até começado. Mas o destino quis diferente. E agora?
Me diz porque você foi participar desse programa? Logo esse! Mas bem do fundo dos meus sonhos sacaneados e da minha alma fria. Boa sorte. Bom futuro. Do fundo do meu coração que nem sei se bate mais, boa sorte.
Quem sabe quando eu também ficar louco, resolver cantar - mesmo mal - e participar de um treco como esse, você passa a me notar.

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Tudo o que ficou pra trás.

Agora que ele já fechou
Os olhos pra você
Que você notou
E parou pra ver

Mas já passou, e já passou
Como a sombra que sumiu
Atrás do muro

As frases sem falar
E festa que você não fez
Já não há mais planos,
Não pra vocês
Com todas as pistas,
Você não descobriu
Era sangue seu,
E você não sentiu

Mas já passou, e já passou
Como a sombra que sumiu
Atrás do muro

Tudo o que ele quis
Ficou pra trás
Tudo que a mãe cerziu
Não serve mais
Ficou pra trás
Todos os fantasmas
Que ele foi atrás
E jamais venceu
Não vence mais
(...)